sexta-feira, 18 de junho de 2010

REFLETINDO



Uma amiga fez uma pergunta difícil e me fez refletir....




Em quem sofre mais, o paciente de Alzheimer ou o familiar durante o percurso da doença, ou talvez os dois.


Ela me fez repensar sobre isto e agradeço a pergunta.


O que sentia em relação á minha mãe ao gritar no pós operatório do fêmur e o deslocou dois dias depois em que ela  gritava tanto que a vizinhança veio em auxílio, após ser levada ao hospital e refazer a cirurgia, e depois  nem se lembrava da dor de alguns dias atrás.


Ao fazer perguntas repetitivas, nem  lembrava das minhas respostas.


Mas eu que acompanhei sim, lembro de cada dor, de cada grito, de cada dificuldade passada.


Lembro-me das quatro cirurgiãs que a acompanhei.


Assim mesmo acredito que o sofrimento maior, é do familiar e não do paciente, em estágios mais avançados da doença, segundo minhas reflexões.


Acredito que o paciente reconheça o ambiente que o envolve: o tato, as carícias, a paz e o contrário também, como o ambiente ao seu redor.


Mas não reconhece os familiares por nome, não sabe pronunciar, ou melhor não lembra nomes, possui uma coordenação difícil , se esquece de como se vestir, comer [minha mãe está perdendo á coordenação e suas funções cognitivas gradualmente.


Aí está: a doença de ALZHEIMER que é uma PROVA, extremamente difícil para os familiares e exige muita resignação e muito Amor e, antes de tudo, a certeza na imortalidade da alma na Providência Divina .


Rosana Nied

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